Thin Clients: Restrições e Balanceamento de Carga

agosto 19, 2019

"Ok, já compreendi o quão vantajosa pode ser a utilização de computadores Thin Client, mas nem tudo são as mil maravilhas, certo?"
Isso mesmo!
Vamos agora a algumas restrições que em geral essa tecnologia pode impor.

O problema da Memória - O aparelho Thin Client conta com uma capacidade de memória RAM suficiente para operar apenas aplicações simples pré-definidas pelo administrador do servidor para os terminais de trabalho, podendo ter problemas quando se trata do espaço de armazenamento em disco quando o mesmo só é realizado localmente ou quando houver a necessidade de lidar com programas ou até mesmo arquivos que demandem uma maior capacidade de armazenamento. Paralelamente, observa-se aqui o quão restritos estarão os usuários dos terminais sujeitos as especificações de uso e acesso dos administradores da rede sem a possibilidade de instalar programas por conta própria geralmente.

Largura de banda reduzida – Juntamente com a restrição no processo de salvar arquivos, a comunicação entre componentes da arquitetura cliente-servidor e do cliente-web pode ter uma quantidade de dados a serem transmitidos restrita em bits por segundo, reduzindo-se assim o fluxo de dados num intervalo de tempo. O fato de se obter um servidor mediador para viabilizar o Thin Client faz com que se haja um duplo controle de fluxo de informações além das restrições próprias do provedor de internet.

A rede precisa ser bem estável – Como meio de reparar o problema da utilização de armazenamento físico surge a ideia de Computação em Nuvem (para mais detalhes, leia o nosso artigo aqui). Para que não se obtenha o risco da perca dos dados é necessário backup constante dos arquivos armazenados localmente na nuvem que contará com uma maior capacidade de retenção de dados e arquivos. Para isso, no entanto, a rede precisa ser estável de maneira a não causar percas no momento de backup.
Observação: A noção do funcionamento e das restrições relacionadas a largura de banda e a necessidade de uma rede estável nos faz entrar em um ponto igualmente relevante: como é feito o balanceamento de carga nestes casos? Esse assunto será abordado ao final desta publicação. 

Alta dependência do servidor – O modelo de arquitetura cliente-servidor estando consolidado de maneira a centralizar o serviços no servidor e torná-lo administrador de toda a rede local faz com que se tenha uma grande dependência da sua estabilidade e bom funcionamento no que diz respeito a integridade do seu software e hardware. Ou seja, caso o mesmo caia toda a rede fica inviabilizada e a utilização pelos clientes inviável.

O investimento inicial pode ser alto – O fato de a arquitetura utilizada pelos Thin Clients demandar a utilização de um servidor pode trazer um custo inicial alto considerando a sua compra e as especificações técnicas que o mesmo precisará ter de acordo com as necessidades da empresa ou órgão que o utilizará. No entanto, em relação a compra do próprio Thin Client como aparelho, de fato, os custos são menores do que na compra de desktop comum.

Balanceamento de carga (Visão geral)

De maneira generalista, a ideia de balancear cargas está ligada ao processo de equilíbrio e gestão saudável das diversas requisições de armazenamento, transporte em rede e processamento que chegam ao(s) servidor(es) na web e em redes locais ou metropolitanas. Para que se tenha uma manutenção no desempenho da troca de informações muitas vezes é necessária a distribuição de um determinado serviço em diversos dispositivos. Essa prática é conhecida como balanceamento de carga e tem três principais modalidades.

        1.    Balanceamento de armazenamento: viabiliza a divisão do acesso para mais de um disco. Pode ser realizada por meio da Cloud Computing (Computação em nuvem) já citada anteriormente. Adicionalmente, o RAID (Redundant Array of Independent Discs, ou do português: Conjunto Redundante de Discos Independentes) é uma maneira de subdividir um sistema aplicando a ideia de redundância de dados com a cópia de uma gama de dados em outro disco de maneira exatamente igual a original. 

"Uma típica configuração de RAID 100: primeiro nível espelhado (mirrored) e os dois outros divididos (striped)". Espelhado significa a cópia literal dos dados e divididos a repartição dos mesmos de acordo com aplicações dos quais fazem parte em vários discos.

   Isso é feito para que se tenha garantia de funcionamento, integridade e ausência de perdas e se possa distribuir o acesso entre mais discos. A nível de hardware, é necessário um controlador para esta expansão que pode ser uma placa de expansão PCI, PCI-e  ou uma outra ligada à placa mãe.

     2.  Balanceamento de rede: Envolve a utilização de algoritmos e protocolos para descobrir as melhores rotas de entrega de pacotes de acordo com o menor custo envolvido na tabela de roteamento.

    3.  Balanceamento de CPU: Realizado por sistemas onde há diversos nós de processamento de e os processos de maior gasto são alocados onde há maior capacidade disponível, no caso, os sistemas distribuídos. De maneira similar ao balanceamento em rede onde há a mais de um disco, aqui o processamento é realizado distribuindo tarefas aos diversos processadores locais ou remotos viáveis.

Autoria:
     Letícia Cena dos Santos 

Bibliografia

https://olhardigital.com.br/fique_seguro/noticia/entenda-o-conceito-de-balanceamento-de-carga/43275
http://www.eniax.com.br/novidades/voce-sabe-o-que-e-o-thin-client/
https://www.diariodeti.com.br/thin-client-com-terminal-service/
http://www.udc.edu.br/libwww/udc/uploads/uploadsMateriais/2306201818224614-%20Client%20Server%20x%20n%20Camadas%20%20e%20Thin-client.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balanceamento_de_carga

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