CLUSTERS: Modelos de Implementação

agosto 11, 2019
Na computação distribuída o objetivo é, essencialmente, amenizar os custos de uma execução de tarefas que exigem um grande poder de processamento. Para tal, existem diferentes arquiteturas com diferentes com soluções alternativas para a implementação de uma clusterização computacional. As mais utilizadas dentro desses modelos são:

BEOWULF
O cluster do tipo Beowulf foi criado em 1994 pela NASA, e é direcionado à computação paralela e teve o objetivo de processar, na ordem dos gigaflops, informações espaciais que a entidade recolhia. Um cluster desse tipo não exige uma arquitetura específica tão pouco máquinas homogêneas. Contudo, deve satisfazer algumas premissas para ser considerado um cluster dessa classe:
  • Conexão entre os nós, que pode ser feita por meio de ethernet.
  • Deve haver um ou mais nós mestres (front-end) para realizar o controle dos nós secundários (back-end).
  • O sistema operacional deve ser baseado em código aberto, sendo que o mesmo deve conter todas as ferramentas necessárias para a configuração do cluster. É necessário que haja um nó mestre (servidor) que realiza toda a distribuição das tarefas e o monitoramento do desempenho do cluster. Este front-end é responsável pelo monitoramento das falhas que possivelmente podem ocorrer e o direcionamento da carga de processamento, caso haja alguma indisponibilidade. 

Imagem 1 - Modelo de uma clusterização Beowulf.
Fonte: UNESP.

OPENMOSIX
Os clusters desse tipo distribuem os processos de forma que, ao detectar o alto volume de processamento, migram as instâncias entre as máquinas do cluster sendo processadas simultaneamente, sem a necessidade de adequação ao código. Assim se dá a principal diferença entre o OpenMosix e o Beowulf, ao invés de quebrar os processos como e clusters Beowulf, o Mosix realiza esta migração.
Na atuação do OpenMosix, os nós do cluster mantêm comunicações entre eles sobre a disponibilidade dos recursos o que permite a cada um dos nós ter conhecimento sobre a disponibilidade dos outros nós. Deste modo, se um nó com vários processos detecta que um outro nó tem disponibilidade superior, então o OpenMosix encarrega-se de migrar um desses processos para esse nó. Apesar de o sistema possuir uma das maiores bases de usuários dentre todos os gerenciadores, os responsáveis pelo projeto anunciaram que descontinuaram suas atividades e o projeto em março de 2008.
Imagem 2 - Modelo de uma clusterização OpenMosix.
Fonte: marcelosantana.wordpress.com/

Caso esteja interessada(o) em conhecer mais sobre a implementação de clusters, aqui seguem dois materiais que descrevem a configuração de um cluster Beowulf no ambiente Linux.
Implementação de clusters de alto desempenho com Debian GNU/Linux. Disponível em:
Montagem de Cluster Beowulf. Disponível em: 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.biocristalografia.df.ibilce.unesp.br/publications/pdf/a39_cluster_first.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/OpenMosix
http://www.ic.unicamp.br/~ducatte/mo401/1s2010/T2/107077-t2.pdf

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